domingo, 4 de agosto de 2013

PIBID EDUCAÇÃO ESPECIAL: Primeiras Reflexões

PIBID EDUCAÇÃO ESPECIAL: Primeiras Reflexões Marciane Zucco Stanga 6° Período Ed. Especial 1. O contexto e sujeitos das ações pibidianas 2. O SAEDE ou Sala de Recursos e seu papel no atendimento especializado A Escola Básica Municipal Olímpio Corrêa Figueiró, esta situada na Rua João Francisco Schneider, nº234, Bairro Belvedere, Zona Urbana do Município de Chapecó, Estado de Santa Catarina. A Escola atende alunos oriundos do próprio bairro, Belvedere e do bairro Vila Rica, além das linhas Tormem, Butiá e Água Santa, é importante destacar também que o bairro se desenvolveu em torno de algumas empresas de pequeno e médio porte. A função da escola, nessa perspectiva é a construção da cidadania, preparando os educandos para a vida sócio-política e cultural. Além de compreender que a escola é um direito social inquestionável de todos os cidadãos (PPP), pois a escola tem por princípio a função de educar, levando em consideração o cotidiano nas práticas pedagógicas para um processo formativo. A Escola tem como objetivo geral oferecer o atendimento educativo de qualidade aos educandos priorizando o processo de ensino-aprendizagem de forma significativa, lúdica, prazerosa para que ocorra o desenvolvimento integral, garantindo a acesso, permanência e aprendizagem, o respeito e a diversidade a todos os educandos. Conforme o Projeto Político Pedagógico da escola o desafio de garantir uma educação de qualidade, dá-se pelo processo de inclusão, pois este é um processo que vem crescendo e está garantido pela Constituição Federal, para tanto a Prefeitura Municipal de Chapecó faz valer esse direito ,a partir da organização escolar de maneira á garantir o processo de escolarização em classes regulares e o atendimento Educacional Especializado em sala recursos multifuncionais ou Centros de Atendimento Especializado. Nestes espaços, que são na própria escola, ou em alguns casos, a exemplo EBM. Olímpio Figueiró centraliza o atendimento por região do Município, foi estruturado com mobiliário, material didático adaptado de acordo com cada deficiência, recursos de acessibilidades, bem como equipamentos eletrônicos e profissionais com formação especifica para o Atendimento Educacional Especializado, sendo que esse profissional atende esses alunos no contra turno do ensino regular. Cabe destacar que neste espaço a professora usa de todo o aparato de adaptação curricular de que dispõe para o atendimento e suas especificidades ali atendidas, pois o objetivo é trabalhar de forma flexível as atividades praticas com: espaço, tempo, conteúdo. A partir destes, organizar atividades adaptadas que permitam o acesso e a permanecia de todos na escola. Ressalta-se que cada atividade a professora organiza o encaminhamento descritivo das atividades diárias, respeitado as especificidades de cada sujeito ali atendido. Atualmente a escola atende em média 13 alunos com deficiências, sendo estas físicas, mental ou intelectual e baixa visão. Segundo o PPP da escola (2010, p. 36), são atribuições do professor da sala de recurso: • Realizar o trabalho cooperativo com o ensino comum; • Buscar alternativas para trabalhar a exclusão do educando nas salas; • Observar as necessidades do educando na sala comum; • Organizar-se com confecção de materiais; • Trabalhar com elementos de apoio dentre outros: Pessoas (família, profissionais, orientadores, professores...); Atitudes (valores, crenças, princípios...); • Informar sempre ao aluno o que esta fazendo, o que vai fazer...); • Valorizar cada coisa que ele consegue fazer por menor que seja. As salas de recursos multifuncionais são espaços físicos localizados nas escolas públicas de educação básica dotadas de mobiliário, materiais didáticos e pedagógicos, recursos de acessibilidade, equipamentos e profissionais com formação específica para o Atendimento Educacional Especializado aos alunos, em turno contrário ao que freqüentam a escola comum. Estas salas têm como objetivo desenvolver estratégias de aprendizagens centradas em um novo fazer pedagógico, que favoreça a construção de conhecimentos pelos alunos, subsidiando-os para que desenvolvam o currículo e participem da vida escolar. Uma das inovações trazidas pela Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (2008) é o Atendimento Educacional Especializado – AEE, um serviço da educação especial que "[...] identifica, elabora e organiza recursos pedagógicos e de acessibilidade, que eliminem as barreiras para a plena participação dos alunos, considerando suas necessidades específicas" (SEESP/MEC, 2008). O Serviço de Atendimento Educacional Especializado é uma atividade de caráter pedagógico, prestado por um profissional da Educação Especial, voltado ao atendimento das especificidades dos alunos com deficiência, condutas típicas ou altas habilidades, matriculados na Rede Regular de Ensino. O Serviço de Atendimento Educacional Especializado na Área da Deficiência Mental (SAEDE/DM) é uma atividade de caráter pedagógico, prestado por um profissional da Educação Especial, voltado ao atendimento das especificidades dos alunos com deficiência, já que este Serviço tem como objetivo qualificar as funções psicológicas superiores dos educandos para auto-regulação cognitiva, mediante investigação das estratégias pedagógicas que possibilitem avanços no seu processo de aprendizagem, favorecendo e oportunizando a superação das dificuldades. 3- O processo de formação inicial e a experiência do PIBID: primeiras reflexões O presente trabalho se propõe a relatos de experiências adequadas por meio do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID) na Escola de Educação Básica Municipal Professor Olímpio Correa Figueiró, em Chapecó/SC. O projeto na área da Educação Especial no PIBID teve início em agosto de 2012 e conta com 17 acadêmicas matriculadas no curso de Educação Especial na Universidade Comunitária da Região de Chapecó – UNOCHAPECO, distribuídas em duas escolas públicas. O Programa Institucional de Bolsas de Iniciação a Docência (PIBID) é um projeto que visa promover a iniciação à docência dos futuros professores dos cursos de licenciatura para que estes possam atuar no âmbito da educação básica, em especial no ensino médio da rede publica. Tal projeto busca a estimulação desses futuros professores para que a partir das teorias apresentadas ao longo do curso de licenciatura haja uma melhor aproximação com a realidade vivida em sala de aula. Além disso, o PIBID busca não somente a melhor formação desse professor, mas também uma contribuição aos alunos das escolas contempladas com o projeto. Vale destacar aqui que a proposta do PIBID- Educação Especial é o início de uma mudança cultural da estrutura da universidade, pois, como aponta Saviani (2009), as propostas de formação docente da ultima década, continuada ou inicial, ainda se centram em um modelo de formação estritamente teórico ou baseiam-se em práticas para docência no ensino fundamental, mas dificilmente na consonância das duas. Essas propostas, que ainda se solidificam, não significam que a universidade não tem interesse pela formação de professores, o que se está querendo dizer é que a preocupação com a formação pedagógico-didática nunca foi significativa; pois, segundo a história da formação de professores, o primeiro modelo era encontrado na universidade, enquanto o segundo modelo prevaleceu nas Escolas Normais, na formação de professores primários, o que torna o processo ainda recente (SAVIANI, 2009). Através dos conhecimentos adquiridos dessa relação entre escola e universidade espera-se agregar experiências que melhorem a formação dos futuros docentes educadores, por meio, de discussões que visem adequar o projeto pedagógico do curso à realidade local e regional, conforme as necessidades pedagógicas encontradas nos diferentes espaços educacionais. Portanto, as expectativas de cada pibidiano estão sendo alcançadas a todo o momento em que realizamos a aproximação das questões da pratica no aprendizado da teoria, pois só assim seremos futuros profissionais capacitados e responsáveis pela educação especial nos diferentes espaços sociais, educacionais, trabalhistas... Acreditamos que a formação dos alunos nas aulas do curso de Licenciatura em Educação Especial favoreça muitos elementos para a aprendizagem da docência, mas que essa aprendizagem deve ser relacionada com o contexto e o cotidiano escolar O Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência – PIDID representa, portanto, um espaço privilegiado à busca de reflexões, aquisição de conhecimentos e implicações práticas, voltadas à formação dos alunos das diferentes licenciaturas; e no nosso caso, dos licenciandos da Educação Especial.

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